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São Paulo
Planner, se é que isso diz alguma coisa...

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Inovação precisa vir do outro lado do mundo?



Ontem li uma frase no blog do Seth Godin que julgo ser muito correta.

"Just because it's on the menu, doesn't mean you have to order it."

Traduzindo: Não é porque está no cardápio que você deve pedir.

Resolvi citá-la aqui pois ela vai de encontro à obsessão pela inovação que tomou conta do mercado publicitário. Hoje em dia não existem mais briefings sem os dizeres "inovação", "ações inovadoras" ou "impactar o consumidor de maneira inusitada". Acredito que isso esteja causando uma espécie de miopia entre os publicitários.

Explico. Por essa razão, muitos estão esquecendo que não podemos 'descolar' a inovação do consumidor, do dna da marca e de seus objetivos mercadológicos. A inovação pela inovação é quase que uma forma de arte vanguardista. É uma releitura do parnasianismo para os tempos modernos.

Ser a marca "mais inovadora do mundo" pode ser interessante para empresas de telecomunicações, mas será da mesma forma interessante para uma fabricante de ração para cachorros?

Portanto, antes de pensar em ações inovadoras, pense em ações relevantes. E caso você já tenha pensado bastante, apenas lembre-se de que inovação não tem nada a ver com parafernálias tecnológicas ou dispositivos digitais interativos.

Isso pode até ser inovador, mas inovação não se resume a isso.
A inovação nasce de idéias simples.

Quer ver um exemplo de inovação com relevância e simplicidade? Está aqui.

Agora imagine o briefing dessa "ação". Acredito que ele tenha sido plenamente atendido.


* Vitamina de mamão com banana e pão francês com mortadela*

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