The cook

São Paulo
Planner, se é que isso diz alguma coisa...

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Depende do contexto


Ontem cheguei em minha agência com o jornal Destak nas mãos. Quando entrei no elevador, lá estava um desconhecido com o jornal Metro nas mãos.

Isso até dava um belo assunto para elevador. Mas preferi me manter em silêncio e transformar em assunto para um post mesmo. A certeza de que esse seria um assunto relevante veio hoje, quando, em um semáforo, vi dois homens no carro ao lado, cada um "lendo" um dos jornais citados.

Onde está a Folha de São Paulo? E o Estado de São Paulo?
(Tá bom vai! Eles estão nas bancas...)

Mas quem está tomando as ruas da capital paulista são os jornais distribuídos gratuitamente, e eles ganham mais representatividade a cada dia. Por quê? Creio que o esse sucesso deva-se à soma de alguns fatores:

1. Superficialidade. Esse 'produto' vêm ao encontro da necessidade de nossa sociedade imagética por informações rápidas e diretas, exigências da escassez de tempo. Os jornais pagos ganham em profundidade de conteúdo, mas para quem lê apenas as manchetes isso não faz diferença.

2. Distribuição. Você não precisa fazer muito esforço para obter o seu exemplar. Muito provavelmente ele chegará em suas mãos no trajeto casa-trabalho.

3. Gratuidade. Claro que grande parte desse sucesso deve-se ao fato dele ser gratuito. Essa é uma nova tendência detectada no mercado. Algumas empresas estão apostando na oferta de produtos ou serviços sem nenhum custo para o consumidor, "limitando" seu lucro à venda de publicidade.

Mas é justamente neste último item que surge uma condição determinante para definir o ciclo de vida dessa categoria: propaganda relevante.

Para falar sobre isso, vamos utilizar um case conhecido.

O Google é um exemplo de como uma empresa pode sobreviver (bem!) oferecendo (ótimos) serviços gratuitos às pessoas e gerando grandes lucros com venda de espaços publicitários. Eles disponibilizam ferramentas web com excelente desempenho e nelas inserem publicidade contextual. É o modelo de links patrocinados, baseado no casamento do AdSense com o AdWords, que consegue entregar anúncios relevantes para o consumidor - sem agredí-lo.

Mas será que jornais como Metro e Destak conseguirão resistir à tentação de rechear suas páginas com anúncios e mais anúncios, de concessionárias à ração de cachorro?

Essa resposta fica para um futuro próximo, porém estou certo de que se isso acontecer não haverá superficialidade, distribuição ou gratuidade que garanta sua circulação.

Em tempo: uma empresa japonesa está disponibilizando em algumas universidades máquinas de fotocópia para utilização gratuita (tadakopy). O que ela ganha com isso? No verso das páginas são impressos anúncios publicitários de empresas que querem impactar o público universitário. É a publicidade fazendo escola (ai!).


* Vitamina de mamão com Sucrilhos *

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